Um bom livro, com um corpo coeso na sua narrativa e ilustração, é comunicante, dialogante, tem o poder de acordar vivências, de criar fluxos e correntes de pensamentos, links de memórias, despertar de sensações. A sua natureza é provocar. Provocar arrepios, um franzir de sobrolho, um semi abrir a boca de espanto, uma vontade de tocar e apontar com o indicador, uma gargalhada, um aquecimento súbito do corpo com um pensamento.
Um bom livro permite silenciar o ruído do desassossego, embala a dúvida, serena-a, dá espaço à inquietação salutar do desejo, da resiliência, da multiplicação de hipóteses pensáveis. Segreda-nos que há um mundo, estamos sós mas no meio de outros, há quem pense connosco.
Um bom livro abraça a vida, acolhe palavras nas imagens e cria elos associativos entre imagens, memórias e palavras. Dá a palavra, dá a vez/voz, ecoa, cria construtos dialogantes dentro de nós, deixa-nos em pensamento livre, a semear ideias, a encontrar novas respostas, a acreditar que é possível.
Um livro, um bom livro, acompanha o desenvolvimento humano e os conflitos do dia a dia de um modo simbólico, fazendo ali emergir, espontaneamente, o que de mais construtivo existe.
Conheça as histórias, clique na imagem
O trenó